TRADIÇÃO
Escola Daniel Berg completa 22 anos
Ensina a criança no caminho em que deve andar e ainda quando envelhecer não se desviará dele. A frase bíblica, usada no uniforme e em outros produtos da ESCOLA DANIEL BERG, está incorporada também nas atividades rotineiras da instituição. Seja durante as solenidades realizadas em datas comemorativas ou mesmo num simples momento de fila antes do início das aulas, há espaço para leituras, orações e cânticos bíblicos.
A escola, que completa 22 anos no dia 14 de fevereiro de 2016, foi criada pela Igreja Evangélica Assembléia de Deus, que continua sendo sua mantenedora, no entanto, segundo a diretora pedagógica Ivonete dos Santos Luchtenberg, não defende nenhuma denominação religiosa, mas sim os bons costumes. “A ESCOLA DANIEL BERGé uma instituição tradicional, que faz questão de manter os princípios bíblicos e morais em defesa de nossa comunidade escolar”, disse.
Quanto a aceitação dos pais em relação a metodologia adotada pela escola, a diretora afirma que tem sido positiva. Todos os anos, segundo ela, a procura por vagas é maior do que a oferta. “Nos sentimos recompensados ao constatar a confiança que os pais depositam em nossa escola”, afirmou.
Outro fato que mostra que a escola está no caminho certo, segundo a diretora, é o grande número de aprovações nos vestibulares. “Todos os anos nosso índice de aprovação é superior a 95%” disse.
O casal Ivonete e Nelson Luchtenberg está a frente da escola há 22 anos
Caráter também conta
A Escola Daniel Berg adota conceitos considerados diferentes no que diz respeito ao relacionamento professor e aluno. O quadro de funcionários não é avaliado apenas profissionalmente. “Consideramos não só o nível de conhecimento do professor, mas também o seu caráter, o que penso ser um ato de responsabilidade com as famílias que atendemos”, disse o diretor presidente Nelson Luchtenberg.
Outro diferencial da escola, segundo Nelson Luchtenbrg, é o fato do aluno ser tratado como pessoa e não apenas como cliente, “cujo propósito de família gostaríamos de interpretá-lo com absoluta fidelidade, jamais alterá-lo a nosso posto, porém nos esforçamos para juntos celebrarmos a grande conquista que penso ser nossa recompensa”. Afirmando que a maioria dos alunos não tem vínculo com a mantenedora, ele disse que tem consciência da responsabilidade da escola e também agradeceu o respeito e a confiança de todos, “desde os mais humildes às nossas autoridades”.
Quanto as mudanças ocorridas no percurso da história da escola, Nelson Luchtenberg disse que houve investimentos na estrutura física e em recursos tecnológicos, além de outras áreas, sempre visando alcançar o lema O nosso aluno faz a nossa história. “Prezamos pelo conhecimento intelectual, social e sobretudo pelos valores morais e tenho certeza de que essa somatória é a razão de nossos alunos serem abençoados nos concursos públicos, o que enaltece o esforço de nossa escola”, disse.
Como tudo começou
A ideia de construir a ESCOLA DANIEL BERG surgiu após a chegada a Cacoal, da professora Maria Aparecida Souza da Silva, procedente do Estado de São Paulo. Com o objetivo de criar uma escola na cidade, ela buscou o apoio do pastor Nelson Luchtenberg. Foram muitos os esforços no sentido de ajudar a professora, mas diante das dificuldades burocráticas, o projeto não pôde ser concretizado.
A saída encontrada pela igreja, para não deixar os 12 alunos já matriculados sem atendimento e para atender aos anseios de outras famílias da cidade, foi criar sua própria escola, que desde o início recebeu o nome de Daniel Berg, em homenagem ao sueco fundador da Igreja Assembléia de Deus no Brasil.
Na luta pela criação da escola, a igreja contou com o apoio de várias pessoas, inclusive da professora Maria Sebastiana Luz e da conselheira do Conselho Estadual de Educação, Berenice Luz Silva. Utilizando as instalações já existentes nas dependências da igreja, a escola inicia suas aulas no dia 14 de fevereiro de 1994, oferecendo Educação Infantil e ensino de 1ª a 4ª.
Diante do resultado satisfatório alcançado no primeiro ano de funcionamento, os pais pedem, em reunião, que seja oferecido também o ensino de 5ª a 8ª, o que passou a ser feito de forma gradativa. “Além do desejo das famílias que já vinham sendo atendidas, de continuar com a gente, havia a todo momento, outros pedidos, o que fez com que aceitássemos mais um desafio. Para nós uma experiência rica e significante”, disse Ivonete Luchtenberg.
Já a partir do segundo ano de funcionamento, a escola adota o Sistema de Ensino Positivo, o que contribui com o aumento da qualidade do trabalho oferecido. “Além de seriedade e competência, passamos a trabalhar com um material de altíssimo nível e obtivemos excelentes resultados”, conta Ivonete. Em 1997, a escola cria o lema “O nosso aluno faz a nossa história”.
A escola iniciou suas atividades no dia 14 de fevereiro de 1994, utilizando as instalações já existentes nas dependências da igreja
A professora Maria Aparecida Souza da Silva foi a idealizadora do projeto
No final do ano de 1994 é realizada a formatura da 1ª turma da Educação Infantil
Os primeiros
O menino Diego Ramon Benites, na época com 7 anos, foi o primeiro aluno matriculado na Escola Daniel Berg. Houve o ingresso, ao todo, de 114 crianças, distribuídas em seis turmas de 1ª a 4ª. A primeira professora contratada foi a idealizadora do projeto, Maria Aparecida Souza da Silva.
Fizeram parte do grupo que deu início a história da escola: Nelson Luchtenberg (presidente da mantenedora), Maria Sebastiana Luz (diretora pedagógica), Ivonete dos Santos Luchetenberg, (secretária), Damaris Luchtenberg Gomes (orientadora), sendo representada legalmente por Maria de Lourdes Silva de Araújo, Cezalpino Pereira (tesoureiro), Rosa Batki Teixeira (zeladora) e Valter Rodrigues (guarda). As primeiras professoras foram Maria Aparecida Souza da Silva, Mirian Elias de Moraes, Maria Delmira de Almeida, Rosemari Alexandre de Jesus, Nilceia Carneiro Almeida e Maria do Socorro.
Diretores, professores e funcionários do setor administrativo e da limpeza que deram início a história da escola
Investimentos garantem ampliações
Já a partir de seu segundo ano de existência, a Escola Daniel Berg passou a firmar diversas parcerias, a maioria com instituições públicas de ensino. O trabalho burocrático foi informatizado e iniciou-se a ampliação das instalações físicas.
O acervo bibliotecário também passou a ser ampliado. Foram adquiridos coleções de enciclopédias, revistas periódicas e livros de diversos gêneros. A partir de 1996 passa a ser realizada, anualmente, a Feira de Ciências. A primeira foi coordenada pelo professor Paulo Cezar Pereira, da disciplina de Ciências físicas e biológicas.
Entre os investimentos feitos na estrutura física, a partir de 1995, estão novas salas de aula, laboratório, corredor de entrada com grade protetora, cantina, banheiros, bebedouros e calçadas. Houve também nos anos seguintes, a construção da quadra poliesportiva, novo laboratório e de outros espaços físicos.
A escola sempre investiu também em atividades sociais. Entre elas está a gincana, realizada anualmente, onde são arrecadados alimentos e outros produtos para serem doados à entidades filantrópicas. Se destaca também em diversas modalidades esportivas, tendo sido classificada inclusive para etapas nacionais.
A escola passou a atender, a partir de 2016, a 1.112 alunos, distribuídos entre a educação infantil, ensino fundamental e médio. Muitos são de outros municípios da região. Entre os serviços oferecidos à sua clientela, estão aulas de apoio, sala interativa, seguro contra acidente, monitoramento por câmeras, cardápio com acompanhamento de nutricionista, atendimento psicológico e odontológico. Outras duas áreas de atuação da escola são os Cursos Pré-Vestibular e os cursos de Pós-graduação a distância.
A partir de 1995, a escola começa a ser ampliada, recebendo novas salas de aula e outros investimentos
Ex-alunos têm histórias de sucesso
O engenheiro de computação Gabriel Lucas Gil Secco, de 26 anos, é um dos alunos que fazem parte da história de sucesso da Escola Daniel Berg, onde estudou durante oito anos, concluindo o ensino médio em 2005. Ele foi aprovado no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA).
Residindo atualmente em São José dos Campos (SP), Gabriel é engenheiro de software em uma empresa especializada em Logística Médica. Faz parte de uma equipe responsável por projetar, desenvolver e manter uma plataforma web com diversas funcionalidades relativas ao processo logístico, do fornecedor ao paciente.
Se referindo a participação da escola em sua vida, Gabriel afirmou que se sentia confortável na instituição, porque sempre esteve rodeado por professores muito bons e motivadores. Segundo ele, a escola foi responsável pela solidificação de conhecimentos e moralidade. “Crianças e adolescentes aprendem muito repetindo o que vivem no dia a dia e na escola eu tive muitos bons exemplos a seguir”, disse.
Gabriel é engenheiro de software em uma empresa especializada em Logística Médica
Respeitando as diferenças - A engenheira eletricista Rayanne Espavier Dantas Garcia, 24 anos, foi aluna da Escola Daniel Berg durante o ensino fundamental e médio. “Ao final da quarta série fiz uma prova para concorrer a uma bolsa de estudos e fiquei em segundo lugar, em virtude disso, fiz a quinta série em uma escola concorrente, porém desisti da bolsa e retornei ao Daniel Berg, onde permaneci até a conclusão do ensino médio”, disse.
Em 2007, ainda cursando o último ano do ensino médio, Rayanne prestou vestibular para Engenharia elétrica na Universidade Federal de Rondônia (Unir) e na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e para Física na Faculdade de Ciências Biomédicas de Cacoal (Facimed), sendo aprovada nas três instituições. Optou pela UFMT.
Já formada, Rayanne reside em Cuiabá. É a engenheira responsável técnica numa empresa de Energia Fotovoltaica e Eólica, área de energias renováveis e limpas, onde o foco é gerar energia da forma mais ecologicamente correta possível. Segundo ela, a escola contribuiu não só para sua formação acadêmica, como também em muitos outros aspectos de sua vida. “A escola é onde convivemos com pessoas diferentes, com criações diferentes e temos acesso a um novo mundo de conhecimentos e o mais importante é que ali os alunos sempre tiveram as suas diferenças respeitadas”, disse.
Presentes na vida escolar de Rayanne e de sua irmã Brenda, que também se destacou nos vestibulares, os pais sempre aprovaram a qualidade de ensino e os métodos disciplinares adotados pela escola. A forma de agir da diretora Ivonete Luchetenberg, tanto no que diz respeito as regras internas de comportamento, quanto no que se refere ao relacionamento com as famílias, também agradou. “A formação que minhas filhas tiveram no Daniel Berg foi boa tanto para a vida profissional quanto pessoal das duas e agradeço muito a diretora por tudo”, disse Almir Garcia Viana.
Rayanne é a engenheira responsável técnica numa empresa de Energia Fotovoltaica e Eólica, área de energias renováveis e limpas
Contribuição fundamental - A pediatra Kelly Alessandra Ferreira Ramos, 27 anos, também foi aluna do ensino fundamental e médio da Escola Daniel Berg. Logo após deixar a escola, em 2004, Kelly foi aprovada no vestibular para Medicina na Universidade Federal do Paraná e na PUC (PR). “A contribuição da escola foi fundamental para eu entrar no curso de medicina”, disse.
Para os pais Marta e Arnaldo Ferreira, a Escola Daniel Berg atingiu o índice de 100% de satisfação. Além de aprovar a qualidade de ensino, eles destacam o fato da escola considerar os fundamentos bíblicos em seus ensinamentos. Pais de Kelly Alessandra e de Pedro Luiz, também ex-aluno da escola, aprovado em medicina na Universidade Federal do Paraná e na USP de Ribeirão Preto (SP), eles afirmam que tanto a escola quanto seus dois filhos, cumpriram com suas responsabilidades, fazendo com que o resultado de tudo fosse excelente. “Agora temos dois netinhos começando uma nova história na Escola Daniel Berg”, disse Marta.
A pediatra pediatra Kelly Alessandra Ferreira Ramos também foi aluna do ensino fundamental e médio da Escola Daniel Berg
A melhor escola - O estudante do 3º período de medicina da Faculdade de Ciências Biomédicas de Cacoal (Facimed), Jean Carlos Turati Barbosa, 25 anos, estudou na Escola Daniel Berg a partir da 5ª série do ensino fundamental até a conclusão do ensino médio. Além de ter sido classificado em segundo lugar no vestibular de 2015, ele conquistou uma bolsa integral pelo Pro-Uni, em virtude da nota alcançada no Enem.
Sobre a contribuição da Escola Daniel Berg para sua vida, Jean disse que foi satisfatória, tanto no que diz respeito a qualidade do ensino, quanto no que se refere a disciplina e ao relacionamento com o aluno e sua família. “A escola ajudou na construção do meu conhecimento para a conquista do meu objetivo, que era cursar medicina”, disse.
Como avó e incentivadora da vida escolar do neto, a educadora Maria de Lourdes Silva de Araújo, disse que indica a Escola Daniel Berg como a melhor opção do Município. “É a melhor escola em todos os sentidos, inclusive na qualidade de ensino, na disciplina e no relacionamento com a família e a comunidade”, afirmou.
Jean se classificou em segundo lugar no vestibular de medicina da Facimed e conquistou uma bolsa integral pelo Pro-Uni
Período de motivação - O estudante de agronomia Leandro de Almeida Tavares, 21 anos, estudou na Escola Daniel Berg a partir do 6º ano do ensino fundamental até a conclusão do ensino médio. Foi aprovado em duas universidades públicas pela nota do Enem e optou por ingressar no curso de agronomia da Faculdade Federal de Viçosa (MG).
Atualmente Leandro encontra-se na França, graças a uma bolsa conquistada em processo seletivo realizado pela Diretoria de Relações Internacionais da Universidade Federal de Viçosa. A seleção dos escolhidos levou em conta a nota do ENEM, o histórico escolar e o nível de proficiência em francês.
Quanto a Escola Daniel Berg, Leandro disse que a instituição teve uma contribuição decisiva em seu desenvolvimento intelectual. “Lembro que fiquei muito entusiasmado com a estrutura que a escola oferecia na época, sendo este um período em que estive muito motivado e foi marcante para mim”, afirmou. Outro período que ficou marcado em sua memória, segundo Leandro, foi próximo ao término do ensino médio. “Estive ávido por alcançar algo que realmente vale-se a pena, como uma vaga em uma
universidade pública de prestígio e a escola me proporcionou
condições de dar os primeiros passos em direção a esta conquista”, disse.
Os pais de Leandro, Silvia Elena Moraes de Almeida e Aécio Antônio Ferreira Tavares, ficaram satisfeitos com a qualidade de ensino da Escola Daniel Berg. A dedicação de Leandro, segundo os pais, também foi fundamental para que ele conquistasse seus objetivos. “Ele sempre foi muito dedicado e determinado. Gastava suas tardes de férias na biblioteca”, disse Silvia Elena.
Leandro foi contemplado com uma bolsa para dar sequência a seus estudos na França